As mudanças no país à
partir de 2010
O Brasil em 2010 é um país
completamente diferente do tricampeão do mundo. Somos penta e caminhamos em
busca do hexacampeonato.
Vivemos em um período
democrático em que os governantes são escolhidos por votação direta. E desta
vez, a disputa do título será aqui.
Mesmo assim, o jogo não
estará ganho. Será preciso demonstrar ao vivo e a cores para todo o planeta que
o rótulo “país do futebol” não é apensas um jargão vazio e que o país goza de
perfeita infraestrutura e logística de padrões de saúde e educação compatíveis
à qualidade de nossas arenas considerados “Padrão FIFA” que deverão sediar o
mais importante de todos os espetáculos.
Porém, a verdade é bem outra.
Um dos esportes mais populares do mundo não passa de uma impostura controlada
por uma entidade “imperial” a FIFA, para que grandes empresas possam lucrar
muito à custa da grande paixão do torcedor ingênuo.
Padrão FIFA
“O Secretário Geral da
entidade desconversa, mas explica o que é o padrão FIFA:- Pedimos o Melhor”
A expressão "padrão FIFA" ganhou as ruas do
Brasil durante as manifestações. Não faltaram cartazes pedindo escolas,
hospitais, transporte público e segurança no chamado padrão FIFA, ou seja, com
alto nível de qualidade. Nesta terça-feira, durante entrevista ao "Seleção
SporTV", o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, questionado se
gostaria de ver hospitais "padrão FIFA", já que afirmara antes que a
Copa do Mundo deixa um legado, desconversou em um primeiro momento, perguntando
o que significa a expressão.
- O que é o padrão FIFA? Já
vi as pessoas falarem, cartazes - disse.
Ao receber o esclarecimento
do apresentador Luiz Carlos Júnior, que afirmou que se trata de um alto padrão,
Valcke concordou com a expressão e explicou que um evento como a Copa do Mundo
envolve muitas pessoas, de diversos países, e exige que seja entregue um
produto de grande qualidade. O secretário-geral da FIFA ainda garantiu que, em 2014,
os brasileiros receberão o "padrão FIFA".
- É verdade (que é um alto
padrão). Com certeza, quando falamos da Copa do Mundo, porque é organizada uma
vez a cada quatro anos. São as 32 melhores equipes do mundo. Um bilhão de
pessoas assistindo à final. Três milhões de pessoas nos estádios etc. Quando
temos estes números, temos que fazer o melhor. Não podemos desapontar as
pessoas. Elas esperam o melhor tanto dentro do campo, quanto nas cidades.
Querem se divertir quando vierem para o Brasil. Por isso pedimos muito, pedimos
o melhor. Por isso nosso padrão é tão alto. Tenho certeza de que, quando
observarmos o que foi entregue, teremos o padrão FIFA - declarou.
Entre os problemas que a FIFA
deseja corrigir da Copa das Confederações para a Copa do Mundo, está a
comunicação com o público, tratada por Jérôme Valcke como uma das prioridades
no momento. O dirigente reconheceu que a organização dos eventos se expressou
mal em alguns momentos, o que causou desgaste com os brasileiros.
- Acho que sim, com certeza
(nos expressamos mal). Não diria que foi um erro, mas temos que nos comunicar
mais, dar mais informação sobre o que é a organização da Copa do Mundo, como
começamos a fazer na última conferência de imprensa com o ministro (Aldo)
Rebelo. É uma parceria. O Governo tem que fazer isso conosco. Temos a FIFA, o
Comitê Organizador Local e o Governo. Juntos temos que trazer mais informações
para o público, para que possam entender o que é a Copa do Mundo. Isso faz
parte das prioridades que temos logo depois da Copa das Confederações. “Tentar
explicar o que a Copa do Mundo significa - concluiu.”
O Brasileiro está longe do
Padrão FIFA
Brasileiros e estrangeiros,
que assistiram a Copa das Confederações em 2013, elogiaram muito o conforto, a
organização, o luxo e a segurança dos estádios brasileiros que já estavam
dentro do Padrão FIFA.
Não era para menos, pois os
gastos foram astronômicos, não se esqueçam de que estamos em época de crise
econômica mundial, bem o Brasil não se importou com esse mero detalhe.
Uma análise do custo de quase
todas as obras mostra que ele se elevou.
O total de gastos com os
estádios para a copa de 2014, está em torno de 8 bilhões de reais, 1 bilhão a
mais do que o estimado, e esse número ainda está longe de ser definitivo.
Fora dos estádios revela-se o
outro lado do paraíso; o povo enfurecido, que já marchou pela paz, pela
democracia e pela liberdade. Marcha agora por dignidade e respeito, exigindo
das autoridades deste país um transbordamento do padrão FIFA para fora dos
estádios.
Uma lição valiosa, é que
estes surtos de indignação, sempre guardam uma razão real, muitas vezes
escondida atrás de dizeres desconexos.
As verdadeiras frustrações
para um bom observador são cada vez mais claras.
Os gastos do dinheiro público
não estão sendo bem administrados e empregados naquilo que é mais urgente e
necessário para a população.
E depois que a copa acabar,
vamos comer grama “padrão FIFA” ?
Marcos A. Moraes
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