MARMORAES
Marcos Antonio de Moraes e Maria A. B. Moraes
quarta-feira, 3 de maio de 2023
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Homenagem aos amigos proeiros da vida
Liguei o computador e abriu-se minha caixa de correios muitos e-mails.
Mensagens de alentos, de carinhos,
beijos, abraços, mimos.
Incontáveis votos de melhoras, de
pronto restabelecimento, de esperança.
Mensagens engraçadas, mensagens
pedindo desculpas por ter falhado a um compromisso, mensagens de esperança e
otimismos, mensagens relatando fatos, mensagens pedindo para serem reenviadas
para que através das mesmas os destinatários
tomassem uma determinada postura
política, ecológica ou até social, mensagens de pais desesperados, mensagens
relatando fatos tristes enfim, mensagens
de pessoas que nunca as vi e, no entanto, fazem parte do meu cotidiano e
moram dentro do meu coração.
Comecei a refletir a respeito do poder
da Internet e constatei que me foi benéfica.
Através da mesma pude conhecer pessoas
que são "proeiros" em tantas
coisas na vida e mesmo com as mais turbulentas tempestades conseguem vencer
todas as regatas com honestidade, bravura, sinceridade e amor.
Resolvi
então, transcrever um artigo de autor desconhecido e que foi publicado em
janeiro de 1948 no Yachting Brasileiro para que alguns "proeiros" da
vida viessem a conhecê-lo. Decidi também, dedicá-lo para as pessoas que sem
mesmo saber, são “meus proeiros” porque mesmo sentindo que as ondas estão
batendo tão forte ao encontro do casco, em eminência de arrebentá-lo, não
saltam para o bote deixando a embarcação à deriva, com fleuma sobrenatural
acalmam os demais tripulantes e os conduz a salvos fora da turbulência.
Peço que
recebam hoje a Medalha que humildemente coloco em seus pescoços como vencedores
da Regata da Vida, com todo o meu carinho e apreço.
“O
QUE É UM PROEIRO?
Sujeito
que tem de combinar a agilidade de um macaco com a força de um elefante, a
vista de um gavião, o ouvido de um rato, a resistência de um bambu cortado em
noite de luar.
Deve
possuir o pescoço de uma girafa para enxergar em volta da buja os barcos que
navegam a sota-vento e a capacidade de respirar até debaixo d'água.
São
preferidos os que possuem costas largas para fazerem as vezes de bode expiatório
e que tenham quatro ou mais braços, com as respectivas mãos, estas delicadas -
tipo parteira, para desatar nós criminosamente atados por comandantes e
imediatos de meia tigela.
Deve saber
torcer o pescoço horas a fio, sem descansar para "cantar" a buja;
deve possuir um peso certo, com tolerância apenas de gramas, com uma carne
insensível que lhe permita deitar em cima de olhais e escotas em bolinas
cochadas que nunca mais terminam.
Eremita
que vive na proa de um barco a vela tendo que estar prestes a executar qualquer
comando que soa do cockpit. Somente pode fumar e se alimentar havendo vento em
popa, pois de outra forma a água o arrancaria do convés com sanduíches e o
cigarro em dois tempos.
É o
sacrificado das regatas vitoriosas, pois, por motivo de economia incompreensível,
não recebe medalhas, desaparecendo do palco depois de obtida a vitória com o
esqueleto doído, os olhos inchados pela água do mar, a boca amarga, e as mãos
rijas de tanto se agarrar, mas com o coração entornando porquê... GANHAMOS!”
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
Uma reflexão
OBSERVAS O RELÓGIO
Antonio Baptista
Ele dá uma batida de cada vez.Todos os dias tem que bater milhares de tique-taques, contudo leva um segundo para cada um deles, não bate todos de uma só vez, nem tenta fazê-lo.
Não se preocupa com as batidas que deu ontem ou com as que dará amanhã. Contenta-se em bater corretamente as do momento. Se quiseres ser tão tranquilo e sereno como um relógio, procuras viver apenas o momento presente, sem atropelares para viver toda vida em um só dia.
Existem modos fáceis e difíceis de fazer o que se pretende: olhas para o relógio - ele não se preocupa e não se atropela; não se atrapalha, mas faz o que tem que fazer.
Lembra-te: um tique-taque de cada vez.