segunda-feira, 10 de março de 2025

O INFERNO DE GAZA

A Faixa de Gaza é um espaço situado no Oriente Médio, na costa Leste do mar Mediterrâneo,

entre o Egito e Israel. Sua área total é de 365 km2 o equivalente a u, quarto da cidade de São

Paulo. Sua extensão longitudinal (Norte-Sul) é de aproximadamente 39,6 km (dá para

atravessa-la a pé). Sua extensão latitudinal (Leste-Oeste), mais estreita é de 5,7 km ( o

equivalente a distância da Praça da Sé até o sul do Parque Ibirapuera). Em 1.993, logo após o

acordo realizado em Oslo (Noruega) entre judeus e palestinos, Gaza passou a ser um dos

territórios autônomos da Palestina; o outro fica a Oeste na Cisjordânia. Em 2006 Gaza passou a 

ser governada pelo grupo palestino denominado HAMAS (Grupo terrorista que não reconhece

o Estado de Israel). Nesse cômodo, mais do que apertado, no início do atual ataque, viviam cerca de 2,2 milhões de palestinos com suas famílias; ou sejam 6.000 habitantes por km2.

. Com a guerra entre palestinos e judeus que estamos acompanhando atualmente, observamos uma grande desproporcionalidade: Israel maior potência militar da região, mais parece o gigante filisteu,

Golias lutando contra o indefeso e pequeno Davi. Os ataques feitos por Israel: pelo ar, mar e

terra já deixou 69% de toda a infraestrutura (escolas, hospitais, geração de energia,

abastecimento de água, alimento e unidades habitacionais) parcialmente ou totalmente

destruída. Gaza transformou-se em um cemitério de entulhos que cobrem centenas de

milhares de cadáveres. Os que restaram, ainda vivos, ficaram a mercê da sorte, sem o mínimo

necessário para a sobrevivência e entre fogo cruzado. No auge do conflito Israel não permitia

um “corredor humanitário”. Imagens mostradas pelos Noticiários os sobreviventes de Gaza

mais pareciam verdadeiros “zumbis” doentes, feridos, com fome e sede arrastando-se pelas

ruelas das cidades, em busca de esconderijos contra as bombas lançadas.

As pressões internacionais e do povo judeu contra o 1o Ministro de Israel Netanyahu resvalou

em seu prestigio e de quando em quando ele permitia a abertura de um corredor humanitário,

controlado, por isso não chegava recursos suficientes. Logo em seguida bloqueava o corredor

novamente. O quadro era tão tenebroso que muitas crianças, idosos e outros morreram. Não

pela bala de um fuzil, mas de fome, de sede, ou falta de atendimento médico. Vários países e

organizações se reuniam para elaborar um Acordo de Cessar Fogo, Israel permanecia

irredutível, pelo menos até Janeiro de 2.025.

O ACORDO DE CESSAR FOGO

Foi assinado no dia 1o de Janeiro de 2.025, época em que Donald Trump já havia vencido as

eleições para a presidência dos EUA o que ajudou a acelerar os acordos, que prevê 3 fases:

1a- Abertura ampla e irrestrita de um corredor humanitário na fronteira entre Gaza e Egito,

onde saíram muitos estrangeiros e palestinos, alguns transportados por ambulâncias até

hospitais do Egito. Comboios de caminhões carregados de alimentos, água, remédios puderam

passar livremente, da mesma forma que Vans e automóveis levavam médicos, enfermeiros e

socorristas. Vários hospitais de campanha foram montados em diversas cidades . Tudo isso

representou uma gota d’água em meio as labaredas do ardente inferno. A primeira fase

consistia ainda na troca de prisioneiros palestinos em Israel por reféns judeus vivos e mortos

detidos pelos Hamas.

2a - Proposta do Acordo - Retirar as tropas israelenses das fronteiras para não intimidar os

sobreviventes e os refugiados.

3a - Proposta, sem dúvida, a mais penosa de todas, pois trata da reconstrução de Gaza e a

governança futura deste enclave palestino. Neste caso o 1o ministro de Israel, já adiantou que

rejeita qualquer envolvimento do Hamas no governo.

Propostas para a reconstrução de Gaza - Netanyahu acredita que o mais correto é reanexar

Gaza a Israel, com isso os palestinos perderiam um território. Essa proposta não tem respaldo 

legal junto as leis e órgãos internacionais. A proposta de Trump – sem dúvida a mais ousada e

cruel. Sua proposta é remover de maneira forçada todos os palestinos que se encontram em

Gaza e enviá-los a outros países árabes, que aceitem receber dentro de suas fronteiras o

equivalente a 1,5 milhões de palestinos, dentro desta proposta, uma vez concretizada, Trump

declarou “ Sabe como é, acabou” e continuou dizendo “ O EUA assumirá o controle de Gaza e

construirá no local a “RIVIERA DO ORIENTE MÉDIO” .

RIVIERA - espaço luxuoso, com requinte, construído através de elevados investimentos da

indústria turística, bancos e outras industrias multinacionais, frequentado por mi e bilionários.

Caso isso venha a ocorrer, o espaço deverá contar:

- Linda, limpas e arejadas praias com toda infraestrutura voltada para o conforto e coberta por

tamareiras;

- Luxuosos “Resorts” com guias, motoristas e carros individuais e que falem vários idiomas;

- Lindas mansões, shoppings, campos de golfe, etc....

Sabemos muito bem que Trump não pode fazer isso, através de uma decisão unilateral. A única

possibilidade de o projeto vingar é com o consentimento expresso dos palestinos. E a presença

dos EUA em Gaza só seria possível através de um acordo. Porém nada indica que os palestinos

estejam dispostos a abrir mão de Gaza para viver em outros países, com a promessa de depois

de um tempo, retornarem e receber uma nova casa na Riviera. Diante disso, a fase de

reconstrução torna-se um problema no mínimo insolúvel; pois nem Israel e nem os EUA estão

dispostos a gastar um centavo para reconstruir Gaza sem vantagens.

A opinião pública mundial e todos os organismos humanitários criticaram veementemente

esses projetos . Nesse caso percebemos que não vivemos em uma Era Humanitária e sim numa

Era de conflitos, egoísmo, crueldade e ambição. O “Bom Samaritano” não existe.


PROF. MARCOS A MORAES

Publicada no Povão Jornal https://povaojornal.com.br/jornal-eletronico/

sábado, 8 de março de 2025

Empresário, Locutor, Radialista Jornalista MARCOS LUDUVICE

 

Cidadão ímpar, uma pessoa pública das mais ilustres de Aracaju, de todo o Estado de Sergipe e do país, reconhecido internacional por sua benemerência.

Através dos seus inúmeros empreendimentos e muito em especial ao Jornal Povão (http://www.povaojornal.com.br) de quem somos colaboradores, hoje é referência para todo Estado e para o Brasil ele forma e informa o que há de melhor do Jornalismo sério, comprometido com o bem e com a realidade.

Emprega em tudo que faz dedicação, amor, sem nenhum outro interesse a não ser o de servir, da melhor maneira possível, sem esperar por recompensas.

É como verdadeira formiguinha, sem alarde algum se une para o interesse comum de ajudar ao semelhante mais necessitado; à preservação do Planeta; ao bem estar de toda comunidade; ao desenvolvimento sustentável; ao desenvolvimento espiritual apregoando diariamente que Jesus nos ama e exemplificando a caridade não só com palavras, mas com atitudes.

Para poder socorrer um irmãozinho ele não mede esforços sendo sua criação a Central Limpa Fossa Povão Expresso (https://www.instagram.com/limpafossapovaoexpresso/reel/C0WGmAMuvJC/0 e não faz só caridade material. Para com todos ele dá uma orientação, uma palavra amiga, um consolo ou mesmo uma reprimenda, mas o faz com tanta benevolência que parece estar acariciando.

Como ninguém sabe doar-se plenamente e  doar-se inteiramente significa não só lavar as feridas, mas, fazendo como Madalena banhando os pés de Jesus e secando com os próprios cabelos, pois sabe ouvir todos aqueles que buscam um conselho, buscam-no como confidente, como orientador, independente de posição social, crença ou raça.

Somos muito gratos por ter entrado em minha vida, fazer parte do nosso mundo e mais ainda de chamar-nos de amigos.

Hoje ele está completando mais um ano de vida e pedimos a Deus que Ele dê ao MARCOS LUDUVICE tudo que houver de melhor para ele e sua linda família. Parabéns!!!

Admiramos você muitíssimo.

Prof. Marcos Antonio de Moraes e Maria Moraes

Campinas, 8 de março de 2025

 

 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

A NOVA ARMA DE TRUMP – O TARIFAÇO

- Tarifa significa: impostos, taxas , medidas tomadas por um país no comércio mundial em relação aos produtos importados de outros países, a finalidade é proteger a indústria nacional da concorrência externa, geralmente o percentual da tarifa é definido em comum acordo no plenário da Organização Mundial do Comércio (OMC) e porcentagem é relativamente baixa, em torno de 10% para estimular o livre comércio. 
-TARIFAÇO: superlativo de tarifa, que eleva as taxas cobradas a valores exorbitantes, fora das regras da OMC, tomadas por decisões unilateral, monocráticas, que promovem graves prejuízos ao comércio mundial e a economia de países mais frágeis e ao consumidor. No caso estamos falando de uma medida assinada por Trump em relação a todos os países e produtos importados pelos EUA, que aumentou as tarifas sobre IMPORTADOS PARA 25%. Isso causou um grande susto no “Sistema Financeiro Global”. Todos as nações, sejam elas pobres ou ricas, precisam “importar e exportar” produtos que não possuem ou que são insuficientes para atender a demanda interna . Esse tipo de comércio sempre existiu através de acordos e alianças, mantendo sempre o equilíbrio financeiro e econômico de cada país e do comércio mundial. EUA, país mais poderoso do mundo econômico (mais rico) sempre foi o maior importador. “Compra tudo de todos”, mas também um dos maiores exportadores. A China é o maior exportador para os EUA. Diante disso Trump, desde 2.018 (primeiro mandato) concluiu que a Balança Comercial estava muito deficitária para os norte-americanos e declarou uma “Guerra Comercial “contra a China, elevando brutalmente as tarifas sobre produtos Made in China”, a China não titubeou e agiu da mesma forma sobre produtos americanos. Trump retornou ao poder e desta vez a Guerra Comercial atinge o mundo todo. Suas consequências são desastrosas para a economia dos exportadores e também dos EUA . Vamos ver um exemplo entre o comércio do aço. Embora a China seja maior produtora, o Brasil encontra-se entre os 10 países do mundo que mais produz, é o 9º colocado e seu grande mercado são os EUA. Até agora estava vigente no comércio de aço do Brasil com os americanos, um sistema de “cota” limite da quantidade exportado, com tarifas de 10% . Agora com o anúncio de Trump a tarifa subiu para 25%. Bem, você poderia dizer: “ E, eu com isso, não como aço?”. Mas vamos ver até onde você é atingido: Para produzir aço são necessárias duas matérias primas minerais, (ferro e manganês) , nosso país possui, reservas abundantes . É necessário ainda energia, obtida principalmente da queima do carvão mineral , nossas reservas apresentam carvão de baixa qualidade e insuficiente, o que nos obriga a importar carvão de vários países, principalmente dos EUA. O segundo passo para se obter aço é derreter o ferro e manganês, fundi-los e com isso chegamos ao produto final nas grandes Siderurgias . Sendo os EUA insuficiente em sua produção necessita importar aço de vários países, incluindo o Brasil. Nos EUA o aço abastece vários tipos de empresas como: construção civil, automobilísticas, transporte ferroviário, aquático, aéreo, industrias mecânicas, eletrodomésticos etc. Com o reajuste da tarifa o aço se tornará mais caro e toda cadeia de produtiva alimentada por ele também terão seus produtos majorados. Nossa economia vai sentir um golpe profundo, ficará mais combalida e o remédio a ser tomado pelos empresários será amargo demais para os cofres públicos e para a população em geral, em função do aumento do desemprego em todos os setores, da inflação que fará subir o preço do alimento, e de outros produtos que consumimos. Isso ocorrerá em todos os países, incluindo os EUA. Por tanto tal medida , precipitada, não será boa para ninguém. Poderíamos diante disso utilizar a reciprocidade, ou seja, pagar com a mesma moeda elevando as tarifas dos produtos americanos que compramos. Mas, não é tão fácil assim, lembre-se os EUA é o mais poderoso, é uma locomotiva e os demais países são apenas vagões. Qualquer medida que for tomada contra eles a represália será cada vez maior até não termos mais folego para suportá-la . O caminho mais viável a ser traçado seria através da formalização de acordos e alianças com Trump que só os fará se levar alguma vantagem. 

PROF. MARCOS ANTONIO DE MORAES

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A GUERRA QUE ERA PARA DURAR SÓ UMA SEMANA

Estou falando da “Guerra que envolve Rússia e Ucrânia”, cujo inicio ocorreu no dia 24 de fevereiro de 2.022, às 5,40 horas da manhã, momento em que a maioria da população ucraniana ainda dormia, sob um frio intenso; na Rússia Vladmir Putin , dava ordens aos seus soldados e artilharia para iniciar o ataque contra seu país vizinho. Rapidamente misseis balísticos foram lançados. Diante do ataque a Ucrânia, o mundo, além de surpreso, pois tudo foi feito sem aviso prévio, ficamos também indignados . O ataque era covarde devido a desproporção entre os dois países; uma Ucrânia frágil frente a maior potência nuclear do planeta. Diante de tantos protestos, e da comoção internacional e de muitos russos, Putin resolveu fazer uma declaração em rede internacional, dizendo: - Em primeiro lugar, não se trata de uma guerra e sim de uma Operação Militar Especial. - Esta operação durará apenas “UMA SEMANA”, quando os ucranianos irão se render e Zelenski será deposto. E, continuou dizendo : Os objetivos desta operação são: - Desnazificação da Ucrânia; - Reconhecimento por parte da Ucrânia e dos órgãos internacionais da legitimidade da anexação da Criméia pela Rússia, por direitos históricos; - Alivio das sanções sofridas pela anexação da Criméia; - Indignação da saída da Ucrânia do Bloco da CEI e tentativa de ingressar no Bloco Europeu e OTAN; - Declarou ainda que que Zelenski apoiava o nazismo e que ao depô-lo estaria prestando um favor aos ucranianos ; - Exigia ainda a independência de Donetz e Luhanski duas cidades do leste da Ucrânia com maioria de população russa; Todas essas justificativas e declarações foram consideradas ilegais pelos organismos internacionais .A ONU marcou uma reunião extraordinária e a Assembleia bem como empresários e outros países decidiram impor sobre a Rússia sanções extremas sob o ponto de vista econômico, como por exemplo sua exclusão do Sistema Global Financeiro e restrições sobre exportações e importações . As decisões tomadas contra a Rússia levaram o fechamento de grandes conglomerados transnacionais em território russo . Segundo analistas esta seria a arma mais fatal para pressionar Rússia assinar um acordo de Paz, o que não aconteceu. Embora a economia da Rússia tenha sofrido um abalo com as sanções, poderia ser muito pior se não fosse a ajuda econômica oferecida pela China e pela Índia . Atualmente a Rússia encontra-se isolada em relação ao comércio e ao mundo financeiro ocidental , o rublo (moeda russa) está desvalorizada quase cem vezes em relação ao dólar. - Para comprar 1 dólar o russo necessita de 99,87 rublos, - A inflação fechou 2.024 em 21,ll % . Esses fatores dificultam a vida do povo russo aumentando o desemprego e o preço da comida. Pois bem ! passou 1 semana, duas e sucessivas outras semanas, no dia 25 de fevereiro a guerra completa quatro anos sem perspectiva de se chegar a um acordo, pois Putin, disse em alto e bom som, o seguinte “NÃO SAIREI DESTA GUERRA DE MÃOS VAZIAS”. Quanto a Ucrânia com ajuda financeira e armamentista do Bloco Ocidental, principalmente dos EUA, vem resistindo, mas já se transformou em um cemitério de destroços e cadáveres. PROF. MARCOS ANTONIO MORAES